Scream – Review (sem spoilers)
Aproveitando o atual clima de Halloween, parece justo falarmos um pouco sobre uma das séries de terror/suspense que mais vem chamando a atenção nos últimos tempos. A série, baseada nos filmes de mesmo nome (cuja tradução para a terrinha verde-e-amarela mudou para “Pânico”), vêm conquistando muitos fãs, sendo esses aqueles que assistiram a série de filmes como novos espectadores que se envolvem e se interessam pela trama.
Uma coisa que sempre admirei nos filmes era a maneira como mantinham sua clássica e já esperada ironia, através de filmes e livros sobre o ocorrido na cidade dentro do próprio longa. Isso fazia com que a história não caísse em um clichê infundado, uma vez que os próprios clichês que eles atingiam eram criticados no próprio filme e sempre tentavam trazer um elemento diferente para a história.
De alguma maneira, Scream adaptou isso muito bem para a série. Não fez ser uma cópia, mas uma releitura até melhor que o original, e isso se deve ao personagem que, acredito muitos, tem como favorito.
Noah (também estereotipado como aquele cara estranho viciado em filmes de terror e artefatos do mundo geek) faz, dentro de cada episódio, a análise de cada coisa que acontece, tornando-se um comentarista sobre a série dentro da própria série e tendo o ponto de vista dos sobreviventes. Quando assume “o Necrotério”, rádio que fala justamente sobre temáticas assim durante a Segunda Temporada, o aprofundamento em cima dessa faceta do personagem se dá ainda mais.
Não falarei muito sobre outros personagens aqui para evitar “spoilers”, afinal todo mundo pode assistir essa série sem medo de ser feliz, mas as outras duas principais protagonistas, ao menos da primeira temporada, não podem ser deixadas de lado. Emma é a perseguida da vez pelo assassino encapuzado (inclusive, a releitura da série em cima da máscara do “Pânico” ficou sensacional também – tornou-se algo assustador sem ser cômico ou exagerado).
Durante o decorrer da série, sentimos os dramas da personagem como se fôssemos nós. São diversas agonias e paranoias que a acompanham e que sentimos falta em filmes e séries comuns de terror. Realmente faz torcermos pela personagem (e odiá-la muitas vezes, mas você só vai saber disso se assistir a série...).
A outra personagem que quero falar aqui é Audrey.
Ela é aquela personagem forte que falta em filmes de terror. Aquela que dá a cara a tapas. Sua história é cheia dos clássicos traumas escolares e vazamentos de “informações pessoais”, mas a personagem mostra-se forte e capaz de lidar com os seus problemas e de seus amigos, ao ajudar eles na luta contra o(s) assassino(s). Valem ser citados também outros personagens como Kieran, Brooke, Jake, Piper e Will, que também têm papéis protagonistas na série.
Com uma temporada de estreia que considero maravilhosa, a série surpreendeu a maneira como dirigiu sua história, criando a cada episódio um novo clima de tensão que nos motivava a assistir “apenas mais um”. Porém, na segunda temporada, isso parecia ter se perdido. A série parecia ter sido deixada completamente de lado e descartada quando, no episódio especial de Halloween liberado na Netflix há pouco tempo, mostrou que muitas vezes é necessário um final amargo para que a série possa ter um brilho inesperado. O especial mostrou tudo que os fãs queriam ver, mas ainda assim surpreendendo e nos deixando ansiosos por mais uma temporada.
Duvida eu deixá-lo só um pouco curioso? Um dos protagonistas citados é um assassino. Assista e me diga se esperava por isso.
Nota final: 9/10
Nota final: 9/10
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