sábado, 26 de novembro de 2016

O Bardo #7 - Star Wars - The Force Steady capítulo 4

Capítulo 1 - Fugitivos
Capítulo 2 - O Fogo
Capítulo 3 - O Tirano


Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante...


A República foi dissolvida. o maligno Império Galáctico se organiza em torno de seu novo líder, Palpatine, e de seu pupilo, Darth Vader, enquanto planeja a construção da nave mais poderosa da galáxia, a Star Destroyer. As forças imperiais implantam um novo exército de clones, ainda mais capacitado do que o primeiro, e iniciam a construção da arma mais destrutiva já feita, pretendendo capturar e destruir os membros da recém-formada Aliança Rebelde.

Agora unidos, um caçador de recompensas, um mercenário e um soldado do império escapam das forças inimigas, para se encontrar no planeta Nwython, onde fica uma pequena base rebelde.

Enquanto isso, nos confins da galáxia, uma sociedade de Jedi remanescentes procura desesperadamente pelo artefato que pode destruir os Sith definitivamente e restaurar a liberdade na galáxia.

No episódio anterior...


O mandaloriano, o mercenário rebelde e o soldado traidor conseguiram escapar do Império, e agora procuram alguém que possa levá-los para outro planeta, sãos e salvos. Na negociação com um estranho chamado Sess, eles negociam a cabeça de um mercenário local, em troca da tão desejada saída daquele planeta não-catalogado.


The Force Steady – Capítulo IV A Ascensão do Falcão

 – Ah, querem a minha cabeça. Hm. Entrem na fila bobões. – Comentou Raz Tiranus.

Os quatro se encaravam naquele corredor sujo e escuro na saída da arena. Ronen esperava à frente, com seu sabre vermelho ligado. Hunk e John Walker esperavam logo atrás, com os olhares cheios de ódio e as armas em prontidão. Ronen não esperou, e atacou.

Raz Tiranus já estava com seu sabre de lâmina achatada índigo de prontidão, e facilmente rebateu os golpes do mandaloriano. Hunk aproveitou para atirar com seu E-11, mas os tiros foram rebatidos pelo sabre de Raz. Num movimento rápido e certeiro, desferiu um golpe com o sabre que lançou o sabre de Ronen ao chão, e em seguida apontou seu próprio para o pescoço do caçador de recompensas, e vangloriou-se:

Touché.
Ronen alertou-o:
– Tolo. Olhe para baixo.

E Raz olhou e pôde perceber a grande shotgun blaster apontada diretamente para seu peito.

– Droga. Eu sempre caio no mesmo erro de subestimar mandalorianos. Mas antes de começar a matança, no caso, a matança de vocês... – Falou Raz, com um sorriso nojento no rosto. – Vamos esclarecer algumas coisas.

Hunk já ia pegar o lança-chamas e disparar, mas foi impedido por Walker.

– Ah sim, permitam-me continuar. Me deem apenas uma chance para adivinhar: Alguém pediu minha cabeça em troca de um favor, não?
Hunk se adiantou:
– Na verdade, o mercenário que...
– Isso é muito clichê! – Interrompeu Raz.
– O mercenário que...
– Se cada pessoa que viesse aqui pegar minha linda cabeça me desse um lingote de crédito, eu já teria comprado um planeta inteiro.
– Eu queria explicar que o mercenário que encontramos...
– Clichê.
– O mercenário...
– Clichêeeeeeee.

Hunk bufou, seus olhos começaram a queimar... Mas Ronen interrompeu na hora certa.

– É melhor parar. Quando ele se irrita, coisas ruins acontecem...
– Ah, claro. Mil perdões. Só me confirmem uma coisa, vocês precisam de uma nave, suponho?
– Sim, mas infelizmente, chegou a hora de perder a cabeça. – Walker, impaciente para terminar aquela conversa. Mas Raz Tiranus foi mais rápido, continuou falando.
– Que afronta! Iam trocar a minha nave novíssima e bem defendida por um cargueiro qualquer? Se queriam uma nave, falassem diretamente comigo!
Os três se entreolharam confusos.
– Cargueiro YT-1300, recém fabricado. Mandei fazê-lo especialmente para mim em Coruscant, é exclusivo. A pedra preciosa é o hyperdrive. É o mais potente de toda a galáxia, não existe outro igual. Comprei esta beleza com o prêmio que recebi ao matar um Sarlacc. Querem saber como matei um Sarlacc? O segredo é treino, mato uma fera a cada dia. Mas voltando ao assunto, aquela beleza de nave estava esperando lá fora, como vocês não viram?
– OK, já entendemos! Quanto você quer para nos transportar?

Nesse momento, ninguém percebeu, os olhos de Raz ficaram subitamente pretos, por inteiro, e ele disse:

– Oh, não, isto é simbólico. Primeiro, pela sua coragem em vir aqui me enfrentar, logo eu, matador de Sarlaccs! Segundo, porque quero testar minha nova nave, exibir ela um pouco por aí. Ela é exclusiva sabem? Foi feita em Coruscant, eu encomendei.
– Você já disse...! Esquece. Não vai querer saber para onde vamos? – Perguntou Walker
– Isso já é outra história! O que importa não é o destino, mas a jornada!

Raz Tiranus passou por eles e saiu em direção ao lado de fora do estádio, os olhos voltando ao normal. Guardou o sabre no cinto, olhou para as luzes da cidade, e apontou para a nave, sorrindo.



***



E lá estava ela, linda como um pássaro de Kashyyyk. Parecia extremamente aerodinâmica, achatada nos extremos de cima e de baixo, era cinza com duas grandes listras vermelhas indo da traseira até a ponta. Ela estava entre um caça nubiano e um cargueiro quadrado, estranho.

– E então? Querem partir quando?
Ronen se adiantou.
– O mais cedo possível.
– Ótimo. Mas primeiro vou perguntar ao outro passageiro se ele está de acordo.

Então Raz Tiranus caminhou até a rampa de embarque. Chamou pelo passageiro. Desceu a rampa um homem com farda militar, parecida com a de um Royal Guard, mas azul petróleo.

– Niwro, tem algum problema partirmos agora?
– Eu estava só te esperando.

O soldado tinha cabelos castanhos curtos, olhos negros e carregava nas costas uma sniper blaster aparentemente de última geração. Sua expressão era fechada e impaciente.
Olhou para os três e, com uma voz madura e cansada, perguntou:

– E vocês, vão para onde?
Walker respondeu antes de Ronen abrir a boca.
– Por que revelaríamos nosso destino para um maldito imperial que não decide a cor do próprio traje?

Niwro olhou com ódio para o rebelde. Respondeu:

– Pra sua informação, eu não sou mais Royal Guard. Mas por que eu deveria satisfações a um clone, um mandaloriano e um indefinido? – E entrou na nave, desdenhando.

Ronen falou:
– Err... Nós vamos para Nwython.
– Ah, ótimo. Nós também. Que coincidência! – Raz, surpreso.

Os três subiram a rampa, seguindo o contrabandista de espécies. E a nave começou a subir, e logo estava no hiperespaço.



***



Por dentro, a nave parecia um pouco apertada, mas os quatro conseguiram se acomodar. Niwro ficava no cockpit como copiloto, mas depois saiu para a área social da nave. Ronen dormia numa poltrona. Hunk e Walker jogavam cartas numa pequena mesa redonda. Quando o sniper entrou, Walker o fitou. Niwro ignorou e começou um diálogo.

– Então você estão indo para o mesmo planeta que eu e Raz.
Hunk aproveitou o silêncio de Walker e respondeu.
– Parece que sim. Mas por que você, um imperial, está indo para lá?
– Decidi entrar para a Aliança Rebelde, e ouvi dizer que Mon Mothma está na base de Nwython. Eu era general, mas abandonei a Royal Guard.
– Bom, como deve ter deduzido, eu também abandonei o Império. Espero que a escória rebelde me ajude a destruir aqueles crápulas.
– E ele? Deve ser um rebelde ou mercenário.
– Conheci eles hoje, não sei direito o que fazem.
Mas John Walker deixou o silêncio e as cartas de lado, e respondeu, desaforado:
– Eu sou o indefinido, esqueceu, maricas?

Niwro investiu na direção do rebelde, com uma lança imperial na mão. Walker levantou rápido e pegou a machete. Antes que pudessem se confrontar, um cabo apareceu entre eles muito rápido, cravada na parede. Era Ronen, que tinha despertado, assustado, e lançou o gancho.

– Ninguém me interrompe no meio de uma briga!! – Gritou Walker, irritado.

Nesse momento, apareceu Raz Tiranus na sala.

– O que significa isso? Estão estragando a parede da nave!
– Quem me acordou?
– Não vejo a hora de me ver livre de todos vocês.
– Maricas é você, indefinido.
– Eu odeio quando me acordam desse jeito.
– Eu odeio você.
– Olha só! Como se tira esse gancho da parede? Minha nave nova! Ela é exclusiva sabem? Mandei fazer em Coruscant.
– Você já disse isso!
– Hey, crianças, por que estão brigando? – Raz Tiranus encerrou a conversa.
John Walker virou os olhos e saiu da sala. Ronen voltou a dormir. Niwro foi para o cockpit. Restou apenas Hunk e Raz se encarando.

– Eu ainda não sei o nome de vocês. Meu copiloto, ou passageiro, é Niwro Faheert.
Então Hunk falou alto para todos na nave ouvirem.
– Eu sou Hunk, ex-soldado imperial. O rebelde, se não me engano, é Walker, o mandaloriano eu ainda não sei o nome.
– JOHN Walker. – Gritou o rebelde de onde estava. Com o grito, Ronen despertou.
– Quem me acordou?
– Ainda não sei seu nome.
– É Ronen – E voltou a dormir.

Aí a nave deu um solavanco e da cabine, Niwro gritou:
– Chegamos em Nwython.
Raz comentou:
– Ah ótimo. Antes, queria uma ajuda. Estou pensando em colocar um nome nessa nave, algo que entre para a história sabem?
E Ronen acordou mais uma vez, e sugeriu:
– Que tal Falcão Secular?
– Falcão Milenar, soa melhor. Falcon. Millenium Falcon! É perfeito! Grato, mandaloriano.
Hunk complementou.
– Esse nome é horrível! Millenium Falcon. Nunca faria sucesso...




CONTINUA NA SEMANA QUE VEM





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