Review – Esquadrão Suicida

 

Após o controverso Batman v. Superman lançado pela DC entertainment o estúdio nos traz um filme diferente com a idéia de se distanciar do tom sombrio visto em suas produções anteriores. 

O enredo de Esquadrão Suicida segue a idéia dos quadrinhos onde o governo decide montar um supergrupo usando vilões como integrantes, o objetivo seria limpar erros ou mandar o time para enfrentar ameaças que não podem ser descobertas nem por heróis ou pelos cidadãos.

O começo do filme segue em modo The Flash, tudo acontece de maneira muito rápida e cartoonizada dando a impressão de estar lendo um quadrinho. Para os fãs é um delírio onde podemos ter diversas referencias espalhadas e ate certas participações de personagens queridos não só pelos fãs, mas também pelo grande público. Por outro lado, os não leitores poderão ficar confusos com as informações que passam rápido.

Após essa abertura alucinante o filme desacelera e peca na qualidade em certos aspectos de narrativa como a desvalorização de personagens e certos furos de roteiro que podem retirar o espectador da experiência.

A trilha sonora está perfeita sendo utilizada às vezes como um narrador dando um estilo a cada cena e criando algo único para cada momento. A trilha é repleta de clássicos de tipos variados, então você pode ter Twenty One Pilots, Rolling Stones e Queen, todos no mesmo filme, usando músicas clássicas de cada respectiva banda.

As atuações apesar de caricatas convencem e tornam os personagens já carismáticos ainda mais divertidos. Cada personagem tem um estilo único e apesar de nem todos receberem seu devido tempo de tela do que eles já aparecem é mais que o suficiente para nos apaixonarmos.  E falando em apaixonar, Harley Quinn, interpretada por Margot Robbie, apresenta uma personagem louca, divertida, carismática e com uma semelhança absurda aos quadrinhos.       Em resumo, ela rouba a cena do filme.

E já que estamos falando sobre a Arlequina, é impossível não comentar sobre o tão esperado Coringa de Jared Leto onde todos se questionavam se sua atuação superaria a de Heath Ledger e Jack Nicholson, dois atores que entregaram Coringas alucinantes e que caíram na boca do povo, se sua atuação foi superior à deles é algo questionável e difícil de ser avaliado, pois o Palhaço do crime tem apenas 15 minutos de cena que apenas servem para apresentar a personagem de Margot Robbie. Ainda assim sua atuação é fenomenal trazendo os estilos do Coringa em “Arkham Asylum: uma séria casa em um sério mundo” e “Coringa” por Brian Azarello, trazendo conceitos já conhecidos do personagem, porém acrescentando um novo estilo mais atual e deveras interessante de se assistir.

Os erros do filme ficam em ameaça do grupo, desenvolvimento de roteiro, desperdício de personagens e o final totalmente clichê e previsível, coisa que não deveria ser esperada da adaptação de um quadrinho tão bizarro.

Apesar dos erros, Esquadrão Suicida garante uma diversão absurda para o fã e não fã, trazendo as famosas referencias aos quadrinhos e atuações exageradas, porém divertidas e encantadoras. Então não dê apenas ouvidos aos críticos e haters, o filme diverte e vale o ingresso por sua trilha sonora clássica, cenas de ação bem feitas e personagens cativantes.

Minha nota final para o filme como entusiasta de quadrinhos é um 8.5/10, mas caso você esteja por fora dessa área acredito que o filme caia por apenas um 8/10.

Mas e você? Já assistiu ao filme? Concorda ou discorda? Deixem nos comentários sua opinião, ela vale muito pra nós.

Texto por: Luigi Gear 42