Review - Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently
A série “A Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently” da Netflix em parceria com a BBC America é baseada em um livro homônimo do escritor inglês Douglas Noël Adams (que se gabava por possuir a sigla DNA). Ela retrata um caso do detetive Svlad Cjelli (ou Dirk Gently), que prefere resolver casos investigativos através de intuições e cálculos de física quântica a seguir o caminho analisando digitais. Justamente por seguir a linha investigativa de forma tão peculiar, o personagem coleciona uma fama de certa forma controversa. A primeira coisa que tenho a dizer é: EU SOU APAIXONADO POR DOUGLAS ADAMS! Consumo tudo que estiver ao meu alcance que tenha alguma relação com o autor. Não a toa que “O Guia do Mochileiro Das Galáxias” é o meu livro favorito e alguns dos meus melhores amigos conheci por conta do livro. Tentarei, é claro, ser imparcial, mas já adianto que EU amei a série.
A série não segue nenhum dos casos dos livros. O único personagem que aparece em ambas histórias é o detetive. Porém isso quer dizer que a série é ruim? Muito pelo contrário. Ao optar um rumo novo, a série se livra de clichês conhecidos e de pecar no quesito adaptação. Claro que, de início, me decepcionei pelo fato de ser uma história nova, mas já no primeiro episódio isso foi embora, ao perceber que haveria uma história nova baseada nos escritos do meu autor preferido, com uma alta produção (obrigado Netflix) e uma história a altura dos seus contos.
Cada episódio é mais interessante que o outro e cada vez mais nonsense. Por vezes eu jurei que o roteiro foi escrito pelo próprio Douglas Adams. A série faz referências ao livro, como por exemplo o nome da agência e a placa, a citação do sofá, de Thor, a escalada da casa/escada, alguns acontecimentos dentro do caso, etc. Ou seja, possivelmente não teremos as histórias clássicas adaptadas em possíveis futuras temporadas. Mas isso não desanima.
A história contada ficou ótima. Parece que os personagens todos existem no universo sem sentido de Adams, e a princípio a história também não tem lógica nenhuma, mas a medida que a série avança as coisas se encaixam (assim como no livro) e termino com o maior gostinho de “quero mais” que já senti na minha vida.
A atuação dos atores ficou muito convincente (incluindo no elenco nosso querido Frodo Bolseiro), e até dentro das retardadices as coisas saem muito naturais. E é a partir da naturalidade que ela nos conquista. Os diálogos idiotas, as falas estúpidas, os comentários desnecessários e os acontecimentos absurdos te cativam e te prendem do início ao fim. Sendo assim, vos digo: Dirk Gently é uma série de humor genuinamente britânico para gente que não se importe em ter paciência para ver o sentido surgindo.
Posso afirmar que não é uma série que irá agradar a todos (como nossa querida Stranger Things), mas digo que ela agradará DEMAIS todos aqueles que gostam do estilo de humor promovido pelo Guia, pelos livros que serviram de inspiração e até para os amantes de Doctor Who (o humor é bem semelhante). Com isso, concluo: “Dirk Gently’s Holistic Detective Agency” é o lugar onde um gato, um tubarão, um sequestro, viagem no tempo, jaquetas amarelas/verdes/azuis, máscaras de gorila, assassinatos e doenças com nomes tão estranhos que você vai achar que são inventadas se relacionam em algum ponto, pois segundo o detetive: “Todas as coisas do universo estão relacionadas. Ou não”.
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Que série maravilhosa <3 Dá vontade de assistir mais trezentas vezes!
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