A fórmula do trailer de cinema
Os trailers de filmes estão cada vez melhores. Ou cada vez piores? Não sei mais dizer. Na realidade, acredito que ninguém saiba. Não acredito que existam trailers com 100% de aprovação do público e da crítica. Isso acontece devido aos gostos de cada um referente a filmes. As pessoas tem incapacidade de ser imparciais quando expostas a algo que não é de seu gosto usual. Por exemplo: a pessoa apenas acostumada a ouvir heavy metal, quando exposta à Beethoven dirá, de primeira impressão, que aquilo é horrível.
É necessário sabermos reconhecer a qualidade técnica e artística não somente de uma música, mas também dos já mencionados filmes e os trailers feitos para os promoverem. O que motivou a escrita desse texto foi a divulgação do trailer de “Logan”, outra adaptação dos quadrinhos do nosso carcajú mais querido de todos.
Nessa história, Wolverine está mais velho e podemos ver no próprio trailer toda a carga que o filme pretende passar, mencionando a suposta morte de todos os outros mutantes, a vida solitária do nosso X-Men e a clássica “ponta de esperança”. O trailer ainda é acompanhado pela música “Hurt”, do cantor country americano Johnny Cash; nela, conta-se toda uma espécie de experiência de vida do artista e que também se aplica muito ao nosso mutante em questão. A questão é a seguinte: o trailer mostra que o filme irá contra tudo que tem sido retratado e trabalhado nos filmes de heróis da Marvel. Mesmo com o relativo sucesso entre os últimos filmes da franquia X-Men (os quais eu, sinceramente, achei muito melhores que os dirigidos diretamente pela Marvel como Vingadores e Guerra Civil). Porém, muita gente que conheço falou que o trailer não chamou muito a atenção e não está muito interessante.
Então eu pensei: será que existe uma fórmula pronta para se produzir um trailer que agrade as grandes massas? TODOS (repito, todos mesmo) os últimos trailers de filmes relacionados a universo geek liberados ultimamente tem uma carga mais leve e uma pegada de alívio cômico. Até o tão aguardado filme da Liga da Justiça tem isso através de algumas falas do Flash e alguns comentários de Bruce Wayne. Isso ainda que estamos considerando a DC/Warner levando seus filmes para um caminho muito mais sério, e nem assim estes escapam do humor.
As pessoas querem rir, mas a que custo atualmente? As pessoas não riem mais por admiração ou espanto, mas como um processo automático e incansável. Tudo que elas querem é rir, por mais que algo não precise ser necessariamente engraçado. Então, acredito que devemos ser mais críticos e menos fechados a aceitar as coisas pelo que elas realmente são. A gente pode admitir que uma música é boa sem gostar do cantor e também pode dizer que o filme é bem construído e bem produzido sem ser o fã número um do gênero. Sejamos mentes abertas num mundo de “pré-ideias” fechadas.
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