quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Review - Doutor Estranho

Doutor Estranho – Review (atrasado)

 



“Tá aqui, DEMOROU HORRORES, mas tá aqui.”


Dr Estranho é um personagem não tão conhecido pelos não leitores de quadrinhos da editora Marvel que surgiu no ano de 1963 na revista Strange Tales número 10, criado pelo mito Stan Lee em parceria do outro mito Steve Ditko. Stephen Strange é um neurocirurgião egocêntrico que após um acidente de carro perde sua sensibilidade com as mãos e acaba não podendo mais atuar no ramo da medicina por conta disso, após um determinado tempo ele acaba por encontrar artes místicas que o levarão a se tornar o mago implacável supremo.
 
Tendo em mente sua historia nos quadrinhos a história do filme permanece a mesma com as alterações que todos os filmes baseados em HQs têm que retiram algumas bizarrices e acrescentam outros elementos para colocar o personagem dentro de um universo cinematográfico e nesse caso o personagem é Strange sendo colocado no MCU (Marvel Cinematic Universe).



 
O que deve ser dito logo de cara é que o filme é inegavelmente um show de visuais criativos, cenas como o mundo dos espelhos por exemplo assustam de tanta criatividade colocada é tanta coisa acontecendo que fica difícil captar tudo, é uma excelente representação de como os quadrinhos do Estranho são, completamente loucos. Coisas como a cor da capa em meio ao mar de cores ou as magias arcanas realizadas por Strange assustam de tão bonitas, é inacreditável a criatividade visual colocada no filme é um show de luzes inesquecível. 



 
O roteiro é simples, nada complicado ou confuso, porém o que o prejudica é o excesso de piadas em momentos inapropriados, momentos de emoção que são cortados por uma piada que no final das contas acaba por não ter graça. Esse humor forçado tem sido feito para deixar o público dos filmes da Marvel mais amplo, porém depois de Vingadores 2 Era De Ultron essa ideia começou a ficar forçada demais. Não estou dizendo que os filmes da Marvel tem que virar filmes do Snyder e começar a encher de depressão e coisas sombrias, mas está na hora de tentar algo novo e arriscar mais tentando mudar a fórmula porque o filme de um cara arrogante que vira um cara legal e decide salvar o mundo é um filme que nós já vimos muitas vezes. Mas tirando isso ainda tem a preguiça de desenvolvimento o final apressado. Então o roteiro é até bom, porém os prós e contras são tantos que ele acaba ficando com “Meh”.



As atuações estão em sua maioria boas, Chiwetel Ejiofor entrega um Mordo interessante, Tilda Swinton é uma excelente anciã e cumpre muito bem o seu papel e Benedict Cumberbatch é a cara do Strange e faz um excelente papel, porém sua atuação as vezes parece meio exagerada fazendo uma  cena tensa parecer uma de humor, apesar disso sua atuação é muito boa e se mantém para trazer um novo rosto ao personagem, assim como Robert Downey Jr se tornou o rosto de Tony Stark e Hugh Jackman o rosto do Wolverine, Benedict se tornou o rosto de Stephen Strange trazendo a arrogância do personagem e sua grandiosidade carismática. 




A trilha sonora é impressionante, foge dos padrões Marvel e é fenomenal por seu estilo que é algo diferente da maioria dos filmes de heróis, capta toda a essência do personagem em suas transformações e momentos de glória, seja a distorção do tempo, as viagens malucas e estranhas ela traz a ideia de algo místico e ancestral é divertido ver o quanto uma ideia diferente pode ser algo bom, as musicas às vezes lembram ate Pink Floyd por seu estilo. 

Apenas ouçam essa beleza e vocês vão entender do que eu estou falando: 

 


https://www.youtube.com/watch?v=Q4uoNAFfvKg


E por ultimo o vilão do filme... Não há absolutamente nada a ser comentado, é só mais um vilão qualquer coisa que ninguém se importa. 




Dr Estranho foge da fórmula da Marvel em diversos aspectos, ele traz uma nova ideia de trilha sonora que realmente traz impacto ao filme assim como um visual nunca antes visto, ele é impressionante no que realmente é bom e é mais um acerto da Marvel em sua apresentação de personagem. Ele é um leque imenso de possibilidades ainda não exploradas fazendo parte de um universo maior é se aproveitando de seu espaço, porém ainda faltam obstáculos que precisam ser ultrapassados assim como já está na hora de uma nova ideia a ser usada para tratar os personagens em um roteiro talvez mais trabalhado e soluções mais criativas, fora isso é 90% de chance de você gostar do filme, é excelente em algumas partes e bom em sua maioria com momentos que estragam cenas e outros inesquecíveis, entre prós e contras cabe a você decidir se ele é excelente, péssimo ou apenas mais uma estrela no céu. Agora resta a apenas aguardar o que mais esse universo de magos que ouvem Beyoncé e barganham tem a nos oferecer. 



NOTA FINAL - 7.8/10 


“I'd call that a bargain, The best I ever had” – The Who, 1971


 



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