segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O Bardo #8 - Star Wars - The Force Steady capítulo 5

Capítulo 1 - Fugitivos
Capítulo 2 - O Fogo
Capítulo 3 - O Tirano
Capítulo 4 - A Ascensão do Falcão

Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante...


A República foi dissolvida. o maligno Império Galáctico se organiza em torno de seu novo líder, Palpatine, e de seu pupilo, Darth Vader, enquanto planeja a construção da nave mais poderosa da galáxia, a Star Destroyer. As forças imperiais implantam um novo exército de clones, ainda mais capacitado do que o primeiro, e iniciam a construção da arma mais destrutiva já feita, pretendendo capturar e destruir os membros da recém-formada Aliança Rebelde.

Agora unidos, um caçador de recompensas, um mercenário e um soldado do império escapam das forças inimigas, para se encontrar no planeta Nwython, onde fica uma pequena base rebelde.

Enquanto isso, nos confins da galáxia, uma sociedade de Jedi remanescentes procura desesperadamente pelo artefato que pode destruir os Sith definitivamente e restaurar a liberdade na galáxia.

No episódio anterior...


Ronen, John Walker e Hunk encontram Raz Tiranus, tentam levar sua cabeça a Sess em troca de uma nave. Depois de, misteriosamente, uma batalha ser evitada, o temido inimigo oferece carona aos três fugitivos para Nwython. Os três conhecem Niwro Faheert, e juntos eles chegam ao planeta, procurando a base rebelde, mas não sabem o que poderão encontrar lá...


The Force Steady – Capítulo V – A Base abandonada



Em poucos minutos, a recém-nomeada nave Millenium Falcon estava pousando no planeta Nwython, onde ficava uma base rebelde. Raz Tiranus e Niwro pilotavam, e Ronen e Hunk se espremiam na pequena cabine, e viam pela janela espantados com o cenário do planeta. Todos correram para a rampa de acesso, inclusive John Walker, que fumava seu charuto num canto da sala principal. O que viram dava uma sensação de desapontamento, de viagem perdida. Os cinco estavam lado a lado, na rampa de acesso, olhando para fora, em silêncio. O primeiro som que ouviram naquela paisagem desolada foi um resmungo de John Walker:

– Argh, não acredito. Se eu ficar mais um minuto com vocês quatro eu enlouqueço! Vamos logo para outro planeta! – Depois de uns segundos de silêncio, Raz Tiranus continuou.
– Foi atacado pelo Império.
– É... Meio óbvio não? Tem uns trezentos clones mortos no chão. – Ronen debochou. – Mas Mon Mothma estava aqui, será que conseguiu fugir?
– Tem um cruzador caído lá longe. Seria bom checar se há sobreviventes, ela poderia estar lá. – Raz apontou para o horizonte. Ronen prontamente aceitou a proposta.
– Eu vou lá. – Ele acionou um pequeno interruptor nas costas e o jetpack começou a fazer um ruído. Ele saiu voando em direção aos destroços da nave de fuga.

Hunk, assim que o mandaloriano saiu, perguntou a Raz Tiranus:

– E quanto a nós? Vamos para onde agora?
– Bom, eu acho que já fiz demais por vocês não? Digo, você Niwro, me pagou pela viagem, mas vocês... – Foi a resposta do contrabandista. Mas, de repente, seus olhos ficaram totalmente negros, e ele continuou. – Mas, é claro, eu sou uma pessoa benevolente, e vou levá-los a Mon Mothma, esteja ela onde estiver.
– Por que você... – Niwro, confuso, indagou.
– Eu já disse, sou incrível. – Os olhos de Raz Tiranus voltaram ao normal. Ele sacudiu a cabeça, sem entender. Foi subindo a rampa e entrando na Millenium Falcon. 
– Eu vou esperar Ronen lá dentro.

Niwro, John Walker e Hunk se entreolharam. Então Hunk desceu e começou a caminhar entre os destroços. Os dois fizeram o mesmo, procurando armas em boas condições ou explosivos. Quando Niwro se afastou, Hunk abordou Walker.

– Você notou algo estranho com aquele piloto?
– Que piloto?
– Humpf. O único piloto que você conhece. Raz Tiranus.
– Eu conheço vários pilotos, não sou um soldado medíocre e antissocial como...
– Não termine a frase... – Hunk fitou o rebelde e continuou. – Raz, quando eu perguntei se ele nos levaria p...
– Eu sei, e ele foi um idiota, mas não sei por que, aceitou nos ajudar. 
– Exato. Você viu os olhos dele?
– Espere. Tem alguém lá no horizonte.

Eles estavam caminhando enquanto conversavam, mas pararam para olhar o estranho que caminhava ao longe, uma figura quase robótica, que andava confuso e sem prestar atenção ao seu redor. Os dois se prepararam para correr em direção ao estranho, quando Niwro, de longe, gritou:

– Walker! Não se mova. Está debaixo de seu pé.

O rebelde olhou em volta, e percebeu onde estava pisando. Um gigantesco droideka, ou parecido com isso, caído no chão, a fumaça ainda saía de sua estrutura de metal manchada de preto, aparentemente estava avariado. Era como os droids blindados da antiga Federação de Comércio, mas muitas vezes maior e mais bem-armado. Estava parcialmente enterrado entre os destroços. Uma pequena luz estava acesa em sua "cabeça", por isso o temor de Niwro. John Walker ficou olhando o robô, e ignorou o alerta de Niwro. Tirou o pé bruscamente, e ouviu um ruído cibernético, luzes começaram a se acender, e a grande massa de metal estava se movendo.



***


Ronen se aproximou voando da grande nave caída. Ela tinha um grande rombo na parte lateral, provavelmente causado por um míssil imperial. Ele entrou por ali, e pousou no interior do hall de passageiros. Viu um cenário de pós-guerra. Foi andando pelo hall, adentrando na penumbra, vendo vários soldados rebeldes e imperiais caídos no chão, bancos queimados, furos nas paredes de metal da nave, e dois olhos roxos olhando para ele quando quase não havia mais luz no interior do cruzador. "Espere, dois olhos roxos olhando para mim?", pensou Ronen. Ele fez um movimento brusco para trás, pegou a primeira arma que achou no cinto, e disparou contra os olhos. Na verdade, ele tinha pego seu sabre de luz vermelho. Os dois olhos roxos também se assustaram, saltaram para trás, e uma espécie de eletricidade, da mesma cor dos olhos, começou a se mover rapidamente. Eram duas, girando de maneira simétrica, e de repente o mandaloriano pôde ver, com a luz violeta que tomou o local, o corpo do estranho. Era um droid IG-100 Magnaguard. Ele tinha um típico bastão elétrico, usado pelos guarda-costas de Grievous. 

Imediatamente ele atacou Ronen no tórax, mas este impediu com o sabre. Os dois começaram a se confrontar. Ronen chutou o droid e o lançou para trás, mas o IG-100 se levantou rápido, e apontou um pequeno blaster para a fenda da armadura do caçador de recompensas, perto da garganta.
Ele disse, com uma voz metálica distorcida:

– Nunca vi um sith mandaloriano. Largue o sabre.

Ronen largou a arma no chão, mas sem que o outro percebesse, apontou sua shotgun para o núcleo do droid. E corrigiu:

– Não sou sith, mas roubei esse sabre de um.

O droid imediatamente se afastou, parecia confuso. Ronen continuou:

– E o que um guarda-costas de Grievous faz aqui, longe do mestre?
– Estou sucateando.
– QUÊ? HAHAHAHAHAHAHAHA – Ronen soltava uma risada forçada. – Um magnaguard de última geração, sucateando, num planeta como esse?
– É o que se faz quando não se tem mais mestre. Eu não era de Grievous. Só sei que voltei do conserto sem meu bloqueador, e de repente não era mais submisso ao meu mestre.
– E depois?
– Eu o matei e fugi. Ele era um tirano.
– Espere. Vocês, droids, têm uma peça que impede que desobedeçam o mestre, é isso?
– Ela bloqueia parte da nossa consciência.
– Ok, mas... porque você está sucateando?
– É o que restou fazer. Estou tentando montar uma nave.

Os dois saíram do cruzador depois de ter procurado qualquer sinal de Mon Mothma e não encontrado. Finalmente, o droid questionou o mandaloriano:

– E você, o que faz aqui?
– Procurando por Mon Mothma. Preciso entregar a ela um... EI! Não é da sua conta, droid.
– Eu estava aqui durante o ataque imperial. Vi para onde ela foi.
– E para onde?
– Não é da sua conta, caçador.




***



No mesmo instante, Walker e Hunk pularam para trás. O gigantesco droid se levantou, tinha o triplo do tamanho de um droideka normal, canhões do tamanho de mísseis de concussão, e apesar de estar com metade do "corpo" enegrecido pelo fogo das explosões, ainda funcionava. Ativou o escudo defletor. E começou a atirar.

Todos procuraram uma cobertura, saltando para trás de escombros ou árvores. O gigante disparava pelo menos dez tiros por segundo, não dando tempo para eles contra-atacarem. Niwro gritou:

– Hunk, sua armadura deve resistir a alguns tiros, eu já desenvolvi algumas delas.

O flametrooper não esperou, saiu de sua "trincheira", e foi correndo em zigue-zague chegando mais perto do droid de batalha. Ficou embaixo do canhão, e no momento certo, saltou e se agarrou nele. O droid, tentando tirar o invasor dali, começou a atirar no próprio "braço". Walker, que estava atrás de uma árvore, atirava sem sucesso nas pernas do gigante. Niwro permanecia parado na sua trincheira, mas quando viu a situação do rebelde, comandou:

– Não vês que isso não adianta em nada? Você ainda tem granadas? Use-as!
– Quem é você para dar ordens, maricas?

Niwro correu para onde Walker estava, já que o droid estava distraído com Hunk.

– Escute aqui, ... – Neste momento, um tiro de blaster cruzou o espaço vazio entre os dois. – Eu sou um dos generais mais bem treinados do império, quando eu digo algo, é porque eu entendo.

Então ele roubou uma granada térmica do cinto de Walker, e lançou no droideka. Infelizmente, o explosivo acertou justamente no canhão onde Hunk estava agarrado. O canhão foi totalmente arrancado, levando o soldado junto. Hunk foi cair longe dali, com aquele grande canhão em cima das pernas, preso, ele gritou para os outros dois distraírem o droid. Niwro olhava para aquilo aflito.

– Ops.

E Walker, com um sorriso no rosto:

– Idiota.

Ele acionou o arpéu, e foi deslizando pelo ar até a perna do droideka. E ficou desviando dos tiros, e dançando entre as pernas do gigante, enrolando o cabo para paralisá-lo. O droideka, infelizmente, notou a presença de Walker ali e o jogou longe, livrando-se dos cabos. Niwro viu isso, começou a correr na volta do droid, fugindo dos tiros. Um deles acertou seu pé, e ele caiu. Antes que o droid pudesse fazer qualquer coisa, ele atirou um pequeno disco de metal para o lado, e puxou uma capa de camuflagem para si mesmo.

O disco foi rolando até o outro lado, passando por debaixo das pernas do droideka, que viu o movimento e se virou. O disco se auto-fixou ao chão, e criou um holograma de Niwro. Imediatamente o gigante começou a atirar na imagem trêmula do royal guard. Ficou interessado, pois o falso Niwro não se mexia, e quando chegou perto... O pequeno disco de metal eletrificou o droideka, que foi jogado para longe em seguida.

Agora Niwro, saindo da capa de camuflagem, estendeu a mão para o disco e o juntou do chão. Ficou parado, a uma boa distância do droideka, que se levantava. O campo de força azul que protegia o robô piscou e desligou. Nisso, Niwro alertou John Walker:

– Ele está sem escudo, atire nas pernas.

O droideka se virou para Niwro, tentou atirar com o único canhão que restava, mas ele não funcionava. Então começou a correr na direção do ex-imperial. Era Niwro, parado, olhando atentamente para um pedaço de concreto no meio do caminho do droid, e o droid, correndo como um gigantesco touro de olhos vermelhos. John Walker atirava incessantemente nas pernas do gigante, conseguiu destruir metade de uma. Mas o inimigo não parou de correr, mesmo que desajeitadamente.

Niwro calculou o tempo com precisão, correu na mesma direção do droideka.

Desviou do canhão que atuava como um porrete para o inimigo.

Passou por debaixo das quatro pernas, subiu na placa de concreto.

Na mesma hora, o gigante pisou na grande placa, causando um efeito alavanca. então Niwro aproveitou o impulso da placa de concreto, saltou, girou no ar e se agarrou na parte traseira do robô. Este ficou procurando por Niwro, girando em torno do próprio eixo rapidamente. Walker atirou o arpéu, que enganchou no canhão, e o arrastou junto.

A cena era linda: o droideka girava enlouquecidamente, e Walker, pendurado pelo cabo do seu arpéu, girava ainda mais rápido. Niwro se agarrava nas "costas" do robô, e arrancava o máximo de circuitos que podia. Acionou sem querer um comando, e um torpedo foi lançado. Hunk, conseguindo se desprender do outro canhão que estava em cima de suas pernas, foi correndo, a fúria tomando conta de seu corpo, e se agarrou no outro braço do droid gigante, usou toda a força que tinha, e arrancou o canhão blaster inteiro com as duas mãos.



***



Ronen e o IG-100, que ouviram a explosão da granada térmica, foram correndo pro local. Pararam quando viram os três lutando com o droid gigante, e Ronen soltou um gritinho abafado pelo capacete.

– O QUÊ? O que vocês estão fazendo? Dançando salsa com esse droideka?

Ninguém respondeu.

Neste instante, Hunk e Walker foram jogados longe (de novo), não sem partes do corpo do inimigo. O Magnaguard que acompanhava Ronen acionou um aparelho no pulso, parecido com um decoder, deu alguns comandos, apontou para o droideka, e...

Niwro já estava tonto de tanto girar, tentava em vão arrancar os circuitos, mas de súbito, a dança parou. O robô-gigante-maldito estava desativado.

– De nada. – Disse o IG-100. Ronen esclareceu a situação assim que Niwro se recompôs.
– Ah, esse é Sianblitz. Ele sabe onde está Mon Mothma, mas não tem nave.
– Legal, depois a gente vende ele como sucata? – Disse Walker.
– É um slicer, pode ser útil. – Niwro, ignorando o rebelde.

Como se não bastasse, os cinco aventureiros foram interrompidos por aquele estranho que andava no horizonte. Ele usava um traje robótico, cor de chumbo com detalhes azuis, que tapava todo o corpo, até a cabeça. A primeira coisa que disse foi:

– Oi pessoal!

A única coisa que responderam, ao ver aquela massa de metal do droideka emitindo uma luz vermelha piscante:

– Vai explodir!!!

Correram, tentando se salvar, mas o estranho estendeu o braço na direção do droideka, cravou um pequeno tripé no chão, e uma energia invisível saiu da ponta do aparelho, envolvendo a massa de metal prestes a explodir, formando uma espécie de campo de força. Então, ouviram o estrondo e a bola de fogo ficou contida naquele pequeno domo invisível. Evitada o desastre, o estranho olhou para os cinco e perguntou:

– Com licença gente, mas... Alguém aí sabe quem eu sou?







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