sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O Bardo #11 - Star Wars - The Force Steady capítulo 8

Capítulo 1 - Fugitivos
Capítulo 2 - O Fogo
Capítulo 3 - O Tirano
Capítulo 4 - A Ascensão do Falcão
Capítulo 5 - A Base Abandonada
Capítulo 6 - O fim do Magnífico Falcão
Capítulo 7 - Aterrissagem


Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante...




A República foi dissolvida. o maligno Império Galáctico se organiza em torno de seu novo líder, Palpatine, e de seu pupilo, Darth Vader, enquanto planeja a construção da nave mais poderosa da galáxia, a Star Destroyer. As forças imperiais implantam um novo exército de clones, ainda mais capacitado do que o primeiro, e iniciam a construção da arma mais destrutiva já feita, pretendendo capturar e destruir os membros da recém-formada Aliança Rebelde.

Agora unidos, um caçador de recompensas, um mercenário e um soldado do império escapam das forças inimigas, para se encontrar no planeta Nwython, onde fica uma pequena base rebelde.

Enquanto isso, nos confins da galáxia, uma sociedade de Jedi remanescentes procura desesperadamente pelo artefato que pode destruir os Sith definitivamente e restaurar a liberdade na galáxia.



No episódio anterior...


O seis, flutuando em uma bolha de microgravidade a 3 mil pés de altura do planeta Hega, procuram desesperadamente uma maneira de se salvar, antes que o campo desative e eles caiam para morte. No último segundo, Sorg consegue consertar o comunicador de Ronen, e esse chama a sua nave Slave, salvando todos da queda. Eles pousam suavemente perto da base rebelde, e antes de ir até lá, Sianblitz deixa um memorial próximo aos destroços da Millenium Falcon...




The Force Steady – Capítulo VIIIA Batalha de Hega



No movimentado hangar principal da base rebelde, soldados e pilotos andavam de um lado para o outro, agitados. Na sala de computadores, Mon Mothma, a líder da Rebelião, conversava com um técnico, quando entrou no recinto um homem de expressão preocupada.

– Que notícias traz, Madine? Obtiveram sucesso em Ord Mantell?
– Quase tivemos sorte em dominar o posto estratégico, mas por uma infeliz coincidência, lorde Vader estava lá de passagem, e exterminou metade dos nossos soldados. Tive que ordenar uma retirada.
– Sabia escolha, capitão. Mas o que ia me falar quando entrou?
– Uma nave hostil se aproxima. Parece um caçador de recompensas, pelo modelo. Devo dar ordens para o operador de armas?
– Não, espere. Fique com o canhão de prontidão, mas se for quem estou pensando, não temos motivo para não recepcioná-lo com boas maneiras. 
– Senhora, não me diga que você contratou um caçador...
– Em tempos de crise, atitudes drásticas são necessárias.
– Mas essa ralé trabalha para o Império!
– Não. Eles trabalham para quem paga mais.


***


A Slave pousou suavemente na grama em frente ao portão secundário. Ronen e Walker, desceram a rampa, então um oficial se apresentou e pediu para acompanhá-los até Mon Mothma. Poucos minutos depois os dois passavam pela porta e entravam numa sala circular reservada, onde Mon Mothma esperava sentada. Ela olhou com espanto quando os dois entraram. 

– John Walker, está trabalhando com Ronen? Que surpresa! 
– Não, ele só me deu uma carona depois que eu fugi de uma prisão do Império.
– Você não fugiu! Eu resgatei você!
– Mas eu te ajudei.
– Eu totalmente e sozinho resgatei você! 
– Vamos aos negócios. Está com o cristal?
– Ele nunca saiu do meu col... Oh, não.

Interrompendo o diálogo, Blitz entrou na sala, segurando um cilindro de metal e vidro na mão. Com sua voz eletrônica, ele gritou:

– Mandaloriano, creio que esqueceu seu... Esqueceu isso.
– Ah, obrigado. – Ronen estendeu o braço e pegou rapidamente o cilindro entregando-o à líder rebelde. Mon Mothma olhava estranhamente para o magnaguard que havia entrado, mas logo sua desconfiança passou.
– Não é pra mim, Ronen.
– Está brincando, não é?

Neste momento, Niwro, Hunk e Sorg entraram correndo na sala, seguidos de soldados que apontavam armas para eles. Hunk rosnou para um soldado, seguido de um sonoro "escória rebelde".

– Parados!
– Não, esperem. – Ronen se aproximou dos três. – Não atirem. 
– Ronen, como você traz um stormtrooper, um guarda imperial, e um guarda-costas de Grievous aqui? E o que é aquilo? – Mon Mothma estreitou os olhos.
– Meu nome é Sorg.
– Espere. Eles não são o que parecem. O droid está reprogramado.
– Creio que o correto a se dizer é que eu me reprogramei. 
– Niwro e Hunk pretendem se unir a Rebelião. 
– É verdade isto que Ronen disse? – Mon Mothma olhou inquisidora. Niwro se adiantou para falar. 
– Sim, eu me rebelei do Império. Assim como Hunk. E Sorg, perdeu a memória, não tem rumo.
– Senhora rainha, é pura verdade, matei os meus oficiais e vim servir à escória. 
– Cale a boca, Hunk. – Disse John Walker com a mão tapando os olhos.
– Desculpe, mas é muito difícil acreditar que não são espiões do Império com essa atitude.
– Mon Mothma, nós odiamos o Império, queremos fazer de tudo para destruí-los. 
– E eu quero que vocês se retirem. Agora.
– Mas... 
– Retirem-se os quatro, ou teremos que usar a força. – Quando eles saíram, Mon olhou para Ronen. – Meu assunto é com você. 
– Diga. 
– Este artefato que você têm nas mãos é algo extremamente perigoso. Há muito em jogo, e muitos querendo ele para si. Na verdade, existem outros quatro desses em toda galáxia, forjados dos restos da destruição da última estrela kyber. Você vai conhecer seu poder depois. O que interessa é que essas joias devem estar em boas mãos, e rápido. Quem me contatou foi um Jedi exilado em Gylliwn, pedindo os seus serviços. Basicamente ele quer que você pegue os cinco cristais, e leve para ele.
– Por que eu? E por que motivo eu faria isso? Eu cumpri o combinado e quero meu pagamento. 
– Eu lhe pago agora, tudo bem. Você fez o seu serviço perfeitamente. Mas saiba que o pagante na verdade é o Jedi. Ele lhe oferece qualquer coisa que pedir, se for pela segurança dos cristais. 
– Está melhorando. Mas quais são os riscos? 
– Soube que também há um lorde Sith atrás deles. Mas enquanto ele não souber da sua existência, você está seguro. Os maiores perigos são quem guarda os cristais. 
– Não sei se vale a pena.
– Ronen, por favor, é uma questão mais do que econômica, quem tiver a posse desses cristais pode fazer coisas horríveis. Eu lhe pago o triplo do que prometi se você fizer isso.
– Está bem. Eu topo. Qualquer coisa que eu pedir, não? Muito bem. Vou partir agora.

Ronen e Walker se encaminharam para o hangar. 


***


 Estavam no grande saguão repleto de naves e soldados rebeldes, Blitz, Hunk, Sorg e Niwro. 

– Então, é hora de nos separarmos. – Anunciou John Walker. – Graças aos céus, não via a hora disso. Eu vou indo, adeus. 
– Eu tenho que partir para um missão, estou indo agora. Err, adeus também. Vocês vão para onde?
– Estamos sem rumo agora. – lamentou Niwro. – Se desertamos do Império e a Aliança não nos quer, só resta ir para bem longe. 

Sianblitz, neste momento, apontou para longe e perguntou: 

– O que é aquilo? 

Todos olharam espantados para a grande massa negra no horizonte, que descia na superfície do planeta lentamente, tapando a aurora. John Walker pegou um binóculo e olhou naquela direção. 

– Ferrou. É um destróier, droga. Está descarregando alguma coisa na superfície. Não. Muitas coisas.
– O que é um destróier? – Indagou Sorg.
– Nem isso você sabe seu idiota? 
– É algo que devemos destruir, Sorg. Assim como tudo que sai de dentro dele.
– Vão chegar aqui em poucos minutos.

Um alarme começou a soar. Em pouco tempo dava para ver a terrível carga do destróier. Na linha de frente, dez Juggernauts vinham despejando tropas e mais tropas. Atrás, cinco fileiras de stormtroopers seguidos de cinco fileiras de clonetroopers marchavam carregando estandartes do Império. Vários imperial walkers desciam da nave, entre eles seis AT-ATs, dois deles blindados, com armadura preta e um grande símbolo do Império Galáctico em vermelho do lado. Dúzias de AT-DPs e incontáveis AT-RTs também marchavam em direção à base rebelde.

– Acham que podemos atrasá-los? – perguntou Niwro.
– Gente, venham ver isso. – Sorg mexia numa pilha de sucata num canto do hangar. – Olhem o que achei.
– O que é isso? 
– Duas torretas destruídas. 
– E daí? 
– Eles deixaram os reatores aqui. Posso fazer uma bomba. 
– Ótima ideia. – Niwro examinou a sucata. – Acha que consegue acoplá-las na Slave e jogar as bombas no exército imperial?

Todos os soldados haviam saído com as x-wings daquele hangar, deixando somente um cargueiro no fundo do saguão. 

– Posso, mas não vai ser na Slave. Eu vou usar aquela nave. – Sorg apontou para onde ela estava. 
– Uau. – exclamou Ronen. – Cabe a minha Slave aqui dentro. 
– Ok, Sorg. Faça o melhor que puder – ordenou Niwro. – Se puder acoplar outras coisas nessa nave, faça. Jogue tudo naqueles desgraçados. Blitz, acha que consegue invadir o sistema imperial e atrasar as TIE Fighters? Ótimo. Eu, e o resto vamos na Slave e tentamos destruir aqueles desgraçados. E... Cadê o Hunk? 

Eles olharam para fora e viram Hunk correndo na direção do exército inimigo. Ronen respondeu a pergunta de Niwro:

– Ele foi se divertir.


***


Hunk só pensava em exterminar o máximo de stormtroopers que conseguia. Sua fúria podia ser vista de longe, com o lança-chamas ele destruía tropas num raio de cinco metros, às vezes trocava socos, usava o corpo de um clone como clava, e conseguiu derrubar um juggernaut com sua granada. No alto, Sorg passava lançando as bombas que ele acabara de criar. Com a maestria de um piloto que ele nem sabia que era, desviava dos tiros dos caças imperiais. Blitz estava com ele na mesma nave, mexendo no seu decoder, e em cada comando, uma TIE Fighter caía em direção às fileiras de soldados. Na Slave, Ronen atirava sem sucesso em um AT-AT. Ele foi atingido uma ou duas vezes, mas não foi grave. 

– Walker. – Chamou Niwro. – Fiquei sabendo que você tem bacta. Pode emprestar um pouco para a minha perna machucada?
– Use uma gota só. É o suficiente para conseguir andar. 

A Slave foi atingida mais uma vez. Então Walker bolou uma estratégia. 

– Se o Ronen estabilizar ao lado do AT-AT, eu lanço o arpéu, e nós vamos até a cabine, e fazemos a festa. 
– É uma boa ideia. Ronen, pode fazer isso? 
– Já estou fazendo. 

A Slave lentamente flutuou ao lado do walker, abaixando a rampa. Walker se segurou no pistão, apertando o gatilho do lançador de arpéu. Um cabo atravessou o ar, se fixando à lateral do AT-AT, enquanto a outra ponta ficou presa na nave. Os dois se seguraram na roldana, e foram lentamente se aproximando do veículo de quatro patas. Mas, de repente, um tiro de TIE Fighter acertou a Slave. Esta rodopiou, caindo na planície, consequentemente soltando o cabo e deixando Niwro e Walker pendurados no ar. Eles só conseguiram ver o momento em que Ronen desceu da nave caída e começou a atirar nas tropas que conseguia;

John Walker e o royal guard conseguiram escalar até a parede do AT-AT. 

– Me diga que você guardou aquele sabre de luz. – disse Walker, batendo na parede acinzentada de metal. 
– Está aqui. – Ele pegou a arma no cinto, ligou e fez um círculo desajeitado na parede com a lâmina índigo. Walker alcançou o buraco, mas quando ia entrar, vários tiros de stormtroopers foram na sua direção. Então ele se atirou, ficando novamente pendurado pelo cabo. Os tiros cessaram. – O que está fazendo?
– Eles têm blasters! 
– E daí? – Niwro começou a se balançar no cabo.

Neste momento, um dos stormtroopers se aproximou do buraco aberto pelo sabre. Quando ele ia olhar para baixo, foi surpreendido por um chute de Niwro, saltou para dentro do veículo se balançando no cabo. Ele derrubou um soldado com sua sniper, os outros dois que restavam ele tentou derrubar no soco. Walker entrou e o ajudou. Uns minutos depois, estavam os dois troopers nocauteados no chão. Eles entraram na cabine, onde havia dois pilotos e um oficial. Atiraram neles. Tomaram o controle do veículo, e foram andando em direção aos outros walkers. 

Sorg ainda tinha uma bomba embaixo de sua nave, e ia atirar num AT-AT, quando foi interrompido por uma chamada no comlink. Era Niwro. 

– Sorg, não vai atirar essa coisa em nós, não?
– Vocês estão no cavalo de metal?
– No desgovernado. 
– Não esquente, eu... – A comunicação foi perdida quando um chiado foi ouvido.
– Sorg?
– Eu fui atingido. Estou caindo!
– Tente virar para o lado da base, e voltar pra lá, você está perto.
– Blitz conseguiu consertar o estabilizador. Estamos bem. 
– Nesse caso, podem me pegar aqui embaixo? – intrometeu-se Ronen. 

Sorg atirou a última bomba num dos walkers blindados, destruindo-o. Logo em seguida, ele resgatou Ronen do meio do campo de batalha. Niwro e Walker fugiram do AT-AT antes que uma A-wing da rebelião conseguisse explodi-lo. Eles conseguiram correr até a lateral da base, onde vários naves de transportes da Aliança tentavam escapar com os rebeldes. Lá também estava pousada a nave de Sorg. A base rebelde tinha um prédio inteiro destruído pelo Império, e ameaçava ruir. Mon Mothma, que andava agitada de um lado para o outro, tentando resgatar os feridos. Ela olhou para os cinco que ali estavam, aproximou-se e disse:

– Acabei de ver o que vocês fizeram. Foram muito bravos. Desculpem-me por não acreditar em vocês. Ronen, penso seriamente que você precisará de uma equipe.
– Seria bom para cumprir meu serviço mais rápido. Mas o Jedi toparia pagar-lhes o mesmo? 
– Não importa, eu pago todos vocês depois se toparem participar dessa missão, e podem levar essa nave.
– Mas nem sabemos que porcaria de missão é essa. – Interveio Walker. 
– Nós não temos para onde ir mesmo. – Interrompeu Niwro. – Eu topo.
– Argh, ok. 
– Topo.

Hunk voltou do campo de batalha todo ensanguentado, coberto de fuligem e mancando. 

– O que vocês topam?
– Não importa. Você vai descobrir depois. Eu nomeio vocês, com sua permissão, uma Equipe Furtiva de Elite. Devem ser extremamente perspicazes e discretos. mas nossa prioridade agora é evacuar os inocentes. Estamos perdendo essa guerra. 

Então, eles ouviram um som agudo de X-wing vindo do penhasco. Além do mar, no horizonte, um borrão se aproximava. Então, cortando uma enorme onda, centenas de X-wings, A-wings, Y-wings e B-wings surgiram, atirando contra o Império. Hunk olhou ao longe e disse: 

– Perdendo? Comigo no campo de batalha, acho que não...





CONTINUA NA SEMANA QUE VEM


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